Do G1
O Ministério da Educação anunciou
no final da tarde desta quarta-feira (26) que os 639 estudantes do Colégio
Christus, de Fortaleza, que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem),
terão suas notas anuladas e vão precisar fazer novamente a prova. O MEC
constatou que a escola distribuiu apostilas nas semanas anteriores ao exame com
dez questões iguais e uma similar às que caíram nas provas realizadas no sábado
(22) e domingo (23). Os candidatos do Christus poderão fazer novamente o Enem
em 28 e 29 de novembro, dias nos quais o exame será aplicado para pessoas
submetidas a penas privativas de liberdade e adolescentes sob medidas
socioeducativas.
O MEC, por meio da autarquia
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), organizadora do
Enem, justifica que o ocorrido configura uma quebra de isonomia e informa ainda
que possíveis sanções contra o colégio ou seus proprietários vão depender da
conclusão das investigações da Polícia Federal. Segundo a nota, "em caso
de envolvimento da instituição ou de terceiros, o Inep manifesta desde já sua
intenção de processá-los civil e criminalmente".
Veja a íntegra da nota do
MEC/Inep:
O Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais (Inep) prestou os seguintes esclarecimentos, depois de
avaliar as informações que circularam nas redes sociais nas últimas 24 horas,
notadamente na cidade de Fortaleza, no Ceará:
1. Depois de revisados todos os
procedimentos da aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
2011, e sem encontrar nenhuma ocorrência de incidente, concluiu-se que não
houve vazamento na sua aplicação. Em vista disso, decidiu acionar a Polícia
Federal para esclarecer de que maneira os estudantes do Colégio Christus, de
Fortaleza, tiveram acesso a questões do Enem 2011. E, em caso de envolvimento
da instituição ou de terceiros, o Inep manifesta desde já sua intenção de
processá-los civil e criminalmente.
2. Decidiu cancelar as provas de
todos os estudantes concluintes do Colégio Christus, que totalizam 639, com
base nas declarações da direção da escola, segundo as quais as questões teriam
saído do seu próprio banco. No entender do Inep, esse fato configura uma quebra
de isonomia, independente da questão criminal, que seguirá sendo apurada pela
Polícia Federal.
3. Nos próximos dias, o Inep vai
contatar os alunos que tiveram a prova cancelada e oferecer a possibilidade de
refazer as provas nos dias 28 e 29 de novembro próximo.
Colégio diz ter questões em banco
de dados
Em nota, a direção do colégio
afirmou que as questões constam em um banco de dados de perguntas que a escola
recebe de professores, alunos e ex-alunos para promover simulados para o Enem.
O colégio diz ainda que “como há o pré-teste de questões utilizadas no Enem,
existe a possibilidade de que essas questões caiam no domínio público antes da
realização oficial do exame, as quais eventualmente podem compor o banco de
dados de professores e de outros profissionais da área de educação”.
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