quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Estudante nega ter recebido tema de redação antes do Enem

O estudante Eduardo Ferreira Affonso Júnior, de 21 anos, não esconde o nervosismo. Chora muito, gesticula rapidamente, diz não ter conseguido dormir desde segunda-feira. Apontado por professores e colegas como o responsável pelo vazamento do tema da redação do Enem em Petrolina (PE), onde estuda para os vestibulares de Medicina que pretende prestar, o jovem de Remanso, cidade no norte da Bahia, nega ter sido o pivô da revelação, que pode causar a suspensão do exame.

'Eu estava chegando ao local da prova (a Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina, Facape), por volta das 11h15, quando ouvi um grupinho conversando que o tema da redação tinha vazado em São Raimundo Nonato (PI) e que seria algo sobre trabalho e escravidão', conta o estudante.

'Tudo o que fiz foi ir a um professor perguntar sobre o tema, caso fosse verdade. Não tenho nada com isso. Tanto que, na hora de fazer a prova, vi que a informação era verdade, fiquei nervoso, mas desanimei. Pensei: 'porque vou fazer essa prova se ela vazou e depois vou ter de fazer de novo?'', afirma. 'No fim, demorei quase duas horas para fazer só a redação, que faria em menos de meia hora. Sempre escrevi bem. Sofri e continuo sofrendo com isso tudo. Queria fazer a prova de novo.'

O relato de Affonso Júnior contrasta com os de alguns dos professores do Colégio Geo, que frequenta, e alguns colegas e amigos na cidade. 'Ele contou a um de nossos professores que tinha recebido um telefonema de um amigo do Piauí (de São Raimundo Nonato) dizendo que o tema seria esse', conta a diretora da escola, Simone Cerqueira Ramos Campos. 'Acho que não é coincidência, não foi um tema tão debatido este ano nas aulas. Estamos desiludidos, porque preparamos os alunos com dedicação para, no fim, haver um problema desses. O sistema é muito frágil.'

O estudante Denis Rodrigues de Sá, de 21 anos, colega de cursinho de Affonso Júnior, afirma ter presenciado a conversa dele com os professores, antes do início da prova. 'Ele falou com muita convicção, como se soubesse mesmo o tema', lembra. 'Nem foi discreto, foi na frente de todo mundo. Tanto que, rapidinho, formou uma multidão ali.'

Segundo a estudante Nara Moura, de 19 anos, que se diz amiga de Eduardo, o telefonema entre uma pessoa - seria uma mulher - em São Raimundo Nonato e ele existiu. 'Não sei porque ele agora fala que não partiu dele', alega.

Na PF

A Polícia Federal começou, na manhã de hoje (quarta-feira), a ouvir testemunhas do possível vazamento da prova, em Juazeiro. Pela manhã, o delegado Alexandre Lucena ouviu o vice-diretor do colégio, Marcos Antonio Freire de Paula, conhecido como professor Marquinhos - o responsável pela denúncia do vazamento -, e o coordenador do curso pré-vestibular da instituição, Nivaldo Moreira.

O estudante apontado como pivô do caso, porém, ainda não foi ouvido. 'Eu queria ir logo à Polícia Federal para esclarecer essas coisas todas', diz Eduardo. 'Minha família e a família da minha namorada já estão me acusando de um monte de coisas. Minha namorada brigou comigo. Tudo por causa dessa confusão.'

Segundo Marquinhos, o delegado o instruiu a evitar tocar no assunto durante as investigações. 'A PF nos procurou depois de ver, pela imprensa, que poderia ter havido um vazamento das provas do Enem aqui', conta. 'Não tenho certeza de absolutamente nada, mas não acredito em coincidências.'

Durante o dia, estudantes protestaram contra a forma como o Enem foi realizado - com problemas no gabarito no primeiro dia de provas e possível vazamento no segundo -, em uma caminhada pelo centro de Petrolina. 'Queremos pressionar a Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco), que usa apenas o Enem para selecionar seus alunos, a adotar outro modo de avaliação dos estudantes', diz a proprietária do Curso Pré-Vestibular Tema, Vera Lúcia Medeiros.

Após a caminhada, o grupo, de cerca de 60 estudantes e professores, foi recebido pelo prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), que garantiu que vai marcar uma reunião com a reitoria da universidade para avaliar o tema.

domingo, 7 de novembro de 2010

MEC pode aplicar outro Enem para prejudicados por erro em prova

O Ministério da Educação (MEC) pode aplicar outro exame do Enem para candidatos prejudicados no sábado pelo erro de montagem no caderno de prova amarelo. Essa é uma das possibilidades contempladas na promessa do MEC de analisar 'caso a caso' queixas de estudantes, mas só será adotada em última hipótese. O Estadão.edu apurou que, pelo balanço oficial, cerca de 20 mil alunos receberam cadernos com problemas, mas a maioria conseguiu trocá-los. Dessa forma, a estimativa é de que o número de candidatos com direito à nova prova seja bem inferior, de aproximadamente 2 mil.

Como é de praxe em vestibulares, os fiscais têm um estoque de segurança para repor exames com problemas. No caso do Enem, essa margem era de 10%, do total de provas impressas. Havia ainda a possibilidade de recorrer aos cadernos dos alunos que deixaram de fazer o Enem no sábado (cerca de 27% do total de 4,6 milhões de inscritos).

Apesar de o MEC considerar que a maioria dos alunos que receberam o caderno com erro de montagem foi alertada pelos fiscais e pôde fazer a troca, o Estadão.edu identificou hoje na porta dos locais de exame pelo menos três vestibulandos (em Curitiba e Belo Horizonte) que disseram ter recebido um segundo caderno com problemas.

A confusão aconteceu porque, para evitar cola no local dos exames, o Enem tem quatro versões do caderno de prova: amarelo, azul, rosa e branco. As questões são as mesmas, o que varia é a ordem. Em milhares de casos, por um erro no encarte, folhas do caderno de prova amarelo estavam misturadas a folhas da prova branca. Com isso, estudantes se depararam com textos repetidos ou questões ausentes. Somando os dois fatores, vestibulandos como Henrique Reis, de Belo Horizonte, por exemplo, identificaram problemas em 31 das 90 questões do exame.

Estudantes que fizeram a prova no sábado enfrentaram outro tipo de problema, a inversão do cabeçalho do cartão-resposta entregue a todos os candidatos. Embora o número das 90 questões no caderno de prova e no cartão coincidissem, havia discrepância no cabeçalho do gabarito. As 45 questões de Ciências Humanas estavam sob a tarja Ciências da Natureza e vice-versa.

O Inep afirmou que avisou fiscais para orientar os alunos. Mas a imprensa divulgou vários casos de estudantes que não foram alertados sobre o erro ou então só receberam o aviso horas depois do início da prova. Muitos deles afirmaram que se confundiram ou não tiveram tempo de fazer a marcação correta. O MEC admitiu que vários estudantes podem ter sido prejudicados e prometeu abrir espaço no seu site para receber queixas de candidatos, que serão analisadas caso a caso.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Saiba mais sobre as quatro áreas de conhecimento cobradas pelo Enem

Desde o ano passado, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passou a cobrar o conteúdo do ensino médio dividido em quatro áreas do conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; e ciências da natureza e suas tecnologias.

No sábado (6), as provas ocorrerão das 13h às 17h30, com questões de ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias. No domingo (7), a prova será realizada das 13h às 18h30, com perguntas sobre linguagens, códigos e suas tecnologias, além de redação, e matemática e suas tecnologias. Segundo o Inep, 4,6 milhões de candidatos estão inscritos no exame.

O G1 ouviu o presidente do Henfil, Mateus Prado; o coordenador do cursinho Ernani, no Rio de Janeiro, Ernani Ferrara; e o coordenador do cursinho pré-vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina, Otávio Auler Rodrigues, sobre as quatro áreas cobradas no exame.

Para se dar bem, segundo Ernani Ferrara, o aluno precisa estar atualizado, porém não deve decorar os assuntos. “A informação precisa ser aprendida e com prazer, além de saber qual é a importância do assunto para o dia a dia.”

Matemática e suas tecnologias
Nesta área, a prova vai cobrar conhecimentos de matemática aplicados no cotidiano. Segundo os educadores ouvidos pelo G1, devem cair questões contextualizadas que exigem domínio sobre o sistema internacional de medidas, grandeza em comparação, álgebra, além de interpretação de gráficos e tabelas.

As perguntas, segundo Otávio Rodrigues, vão buscar a interpretação dos problemas matemáticos, fugindo da decoreba. “Será uma prova de raciocínio lógico, uma matemática diferente da que estamos acostumados na escola. Cobra conteúdos mínimos”, diz Mateus Prado.

Ciências humanas e suas tecnologias
Nesta área, a prova vai cobrar conhecimento de história, sociologia, geografia e filosofia. Devem aparecer questões sobre evolução tecnológica, conflitos territoriais, uso de recursos naturais, além de temas ligados à conquista de direitos como o Estatuto Racial, da Criança e do Adolescente e do Idoso, entre outros.

“São temas da atualidade, do período pós-guerra, a partir de 1945. Outra tendência é ter um tom mais critico e reflexivo”, afirma Rodrigues.

Linguagens, códigos e suas tecnologias
Nesta área, a prova vai cobrar conhecimento de português, literatura, artes, educação física e pela primeira vez, línguas. O aluno poderia optar entre inglês e espanhol.

Caem mais questionamentos que exigem interpretação do que gramática, segundo Mateus Prado. Ainda de acordo com ele, devem aparecer perguntas sobre manifestação cultural, modernismo e novas tecnologias.

Neste campo, a exemplo do ano passado, devem aparecer textos alternativos de revistas segmentadas, além de charges. “O aluno que tem uma visão critica, que leu durante o ano bons jornais e portais, vai sair na frente”, diz Otávio Rodrigues.

Ciências da natureza e suas tecnologias
Nesta área, a prova vai cobrar conhecimentos de química, física e biologia. Novas formas de energia, índices que retratam a qualidade de vida e perguntas que comparam o consumo de energia dos produtos devem aparecer neste campo, além de temas sobre preservação ambiental, segundo os educadores.

A poucos dias do exame, Ernari Ferrara, diz que ainda dá tempo de se preparar. “Quando assiste ou lê uma notícia o aluno deve buscar a relação com varias matérias. O desafio é saber como ela pode ser aplicada no dia a dia.”

terça-feira, 19 de outubro de 2010

As Regiões Geoeconômicas do Brasil


A divisão regional oficial do Brasil é aquela estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo composta por cinco complexos regionais: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul. No entanto, além dessa regionalização do território nacional, existe outra divisão regional (não oficial), conhecida como regiões geoeconômicas do Brasil: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. Os critérios adotados para a delimitação dessas três regiões foram os aspectos naturais e, principalmente, as características socioeconômicas.

As regiões geoeconômicas do Brasil não seguem os limites das fronteiras dos estados, visto que seus critérios mais importantes são os aspectos sociais e econômicos, havendo grande dinamismo na delimitação espacial.

Portanto, alguns estados brasileiros estão inseridos em diferentes regiões: a porção norte de Minas Gerais é parte integrante da chamada região Nordeste, e o restante do estado está localizado no complexo regional Centro-Sul; o extremo sul do Tocantins localiza-se na região Centro-Sul, e o restante do seu território faz parte da região da Amazônia; a porção oeste do Maranhão integra a região da Amazônia e a sua porção leste está localizada no complexo regional nordestino; Mato Grosso integra a região Centro-Sul (porção sul), além da região da Amazônia (porção centro-norte).
Formada por todos os estados da região Norte, além do Mato Grosso (exceto sua porção sul) e oeste do Maranhão, a região da Amazônia corresponde a 60% do território nacional, abrangendo toda a extensão da Amazônia Legal. Apesar de possuir a maior área, esse complexo regional abriga a menor parcela da população brasileira - aproximadamente 7% do total.

No que se refere ao clima, esse é quente e bastante chuvoso. E quanto à vegetação, a Floresta Amazônica é a de maior predominância.

As principais atividades econômicas desenvolvidas na região da Amazônia são: extração mineral, agropecuária e extrativismo vegetal. O setor industrial é pouco desenvolvido, tal segmento econômico destaca-se em Manaus.

O complexo regional do Centro-Sul é formado pelos estados das regiões: Sul, Sudeste (exceto o extremo norte de Minas Gerais) e Centro-Oeste (exceto o centro-norte de Mato Grosso), além do extremo sul do Tocantins. Essa região corresponde a aproximadamente 22% do território nacional, e abriga cerca de 70% da população brasileira, razão pela qual é considerada como a região mais populosa e mais povoada do país.

A região Centro-Sul é a mais desenvolvida, economicamente, do Brasil, uma vez que é a principal responsável pelo Produto Interno Bruto (PIB) nacional: cerca de 75% do PIB brasileiro. Sua economia é dinâmica, apresentando um elevado grau de industrialização. As principais atividades econômicas são: agropecuária moderna, variados segmentos industriais dotados de um efetivo aparato tecnológico, bancos, desenvolvimento de pesquisas científicas, serviços diversos, etc.


Esse é o complexo regional que concentra a maior parte da renda nacional, além de apresentar os melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.

Composto por todos os estados nordestinos, além da porção norte de Minas Gerais, a região geoeconômica do Nordeste corresponde a aproximadamente 18% do território brasileiro, sendo, portanto, o menor complexo regional.

O território nordestino apresenta contrastes naturais e disparidades econômicas entre as áreas litorâneas: urbanizadas, industrializadas e, economicamente desenvolvidas. Porém, no interior, há o predomínio de um clima semiárido e grandes problemas socioeconômicos.

As atividades econômicas mais relevantes são: cultivo da cana-de-açúcar, algodão, arroz, cultivo irrigado de frutas, extrativismo vegetal, pecuária extensiva e de corte, indústrias têxteis, produção de petróleo (Bahia e Rio Grande do Norte) e o turismo.

As regiões do Brasil


O território brasileiro está dividido em estados, além de estar regionalizado, ou seja, dividido em regiões. O Brasil está dividido em cinco regiões, essa configuração foi proposta pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desde 1970, com uma alteração em 1988, quando Tocantins foi desmembrado de Goiás, tornando-se um estado autônomo.

Atualmente o Brasil está dividido regionalmente da seguinte forma:

Região norte: região de maior extensão territorial, com uma área de 3 853 327 quilômetros quadrados, abriga os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins, possui a menor densidade demográfica do país.

Região centro-oeste: região que possui a segunda maior extensão em território entre todas as regiões, com uma área de 1 606 371 quilômetros quadrados, abriga os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. A região centro-oeste é menos populosa, essa parte do país atravessa um período de intenso desenvolvimento, especialmente das atividades da agropecuária e agroindústria.

Região nordeste: em número de habitantes é superada somente pela região sudeste, possui uma população de 53.591.197 habitantes que se encontra em uma área de 1 554 257 quilômetros quadrados. Essa região abriga os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Um dos principais problemas que atormenta essa região está ligado ao clima que predomina nessa porção do território brasileiro, pois todos os anos a população enfrenta a seca proveniente do semi-árido.

Região sudeste: região que abrange uma área de 924 511,3 quilômetros quadrados, abriga a maior população do país com 80.915.332 habitantes. Nessa região estão estabelecidos os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A região em questão é mais industrializada e mais desenvolvida economicamente, no entanto, sofre com diversos problemas urbanos de ordem social.

Região sul: menor região do país quanto à extensão territorial, ocupa uma área de 576 mil quilômetros quadrados, onde está distribuída uma população de 27.719.118 habitantes. A Região Sul é composta pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, possui uma particularidade climática em relação às demais regiões, pelo fato de prevalecer o clima subtropical.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Exercícios (Gabaritos e comentários em breve)

1 - (MACKENZIE-SP) O modelo de desenvolvimento agrícola, adotado atualmente em boa parte dos países do mundo, tem levado à ocupação de áreas territoriais cada vez maiores. Como consequência, desencadeou-se uma série de problemas ambientais.

A esse respeito, analise as afirmações I, II, III e IV, abaixo.

I. A utilização indiscriminada de agrotóxicos pode eliminar insetos não nocivos, rompendo a cadeia alimentar.

II. Os solos poderão tornar-se estéreis, já que a biota contaminada desses solos poderá até desaparecer.

III. A intensa contaminação das águas subsuperficiais por produtos químicos disseminará, atingindo animais de águas superficiais.

IV. A implantação de monoculturas favorece o desenvolvimento de muitas espécies de seres vivos, como insetos, bactérias e fungos, que atacam as plantações, aumentando os predadores naturais.

Dessa forma,

a) apenas I e II estão corretas.
b) apenas III e IV estão corretas.
c) apenas I e IV estão corretas.
d) apenas I, II e III estão corretas.
e) I, II, III e IV estão corretas.


2 - (UFSM) "Dois terços das pessoas que vivem com menos de 1 dólar por dia moram e trabalham em áreas rurais. Os mercados em que operam, os seus meios de subsistência e as suas perspectivas para escapar à pobreza são afetados diretamente pelas regras que governam o comércio de produtos agrícolas. O problema básico a tratar nas negociações da OMC (Organização Mundial do Comércio) sobre agricultura pode ser resumido em poucas palavras: subsídios dos países ricos. Na última
rodada das negociações sobre o comércio mundial, os países ricos prometeram cortar os subsídios agrícolas. Desde então, aumentaram-nos (...)".

ONU-PNUD. Informe sobre desarollo humano 2005. Madri: Mundi Prensa, 2005. p. 11.

I. Os países ricos, além de subsidiar os seus produtos, impedem uma participação mais justa aos países pobres, no comério mundial.
II. No texto, os países ricos prometeram reduzir os subsídios a seus produtores; no entanto, aumentaram-nos.
III. Ambos contêm a ideia de que o aumento dos subsídios nos países ricos aumenta os preços de compra dos produtos no mercado internacional, favorecendo as perspectivas de diminuir a pobreza em áreas rurais.

A respeito do texto e da figura, são feitas as seguintes afirmações:

Está(ão) correta(s)

a) apenas a II.
b) apenas I e II.
c) apenas I e III.
d) apenas III.
e) I, II e III.


3 - (UFJF) Leia o fragmento de texto a seguir:

A produção avícola é hoje ainda mais semelhante a uma operação fabril. [...] Algumas das grandes empresas de alimentos, como a Ralston Purina, a Cargill e a Allied Mills, são responsáveis por gigantescas instalações aviárias que processam dezenas de milhares de galinhas por dia. Como na organização fabril, as chaves dessa produção são a procriação especial, alimentação intensiva enriquecida, estímulos químicos (hormônios) e o controle de doenças. [...] O alimento passa na frente das galinhas imóveis, numa correia transportadora, enquanto ovos e excrementos são removidos em outras correias. A iluminação artificial supera o ciclo diário natural e mantém as galinhas em postura constante.

IANNI, Otavio. A era do globalismo. São Paulo: Civilização brasileira, 1996. p.47-8.

O exemplo apresentado por Ianni refere-se ao desenvolvimento de uma agropecuária de forma
intensiva.

Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE os itens responsáveis por esta classificação.
a) Capitalização e produtividade da área.
b) Mercado consumidor e produção total.
c) Predominância do fator trabalho e terra.
d) Regime de propriedade vigente e trabalho.
e) Utilização abundante de terras e energia.

Custos fazem África se voltar para fontes alternativas de energia

Por Por Miriam Mannak, da IPS, Envolverde

Cidade do Cabo, África do Sul, 6/10/2010 – Numerosos países da África oriental começaram a mudar aos poucos a fonte de geração elétrica, passando do carvão para uma mais limpa, para reduzir custos. “Ainda falta, mas os países começaram a pegar o touro pelos chifres”, disse o especialista Mark Hankins. O principal motor da mudança é o aumento do preço da eletricidade, explicou Mark, que trabalha há duas décadas como consultor em eletrificação rural e energias renováveis na África austral e oriental. “Na África oriental, o preço é de duas as cinco vezes maior do que na África do Sul, o que prejudica a indústria e as famílias”, afirmou.

Hankins participou da Semana da Energia da África, um encontro de quatro dias, organizado por empresas estatais e privadas nesta cidade sul-africana. Cerca de 150 especialistas internacionais, funcionários e representantes de empresas de gás e petróleo participaram da reunião, realizada de 27 a 30 de setembro. Outra razão para o interesse da África oriental nas energias renováveis é que a demanda por eletricidade supera a capacidade da rede elétrica, em parte devido ao rápido crescimento econômico. “A indústria de diamantes e petróleo e a agricultura são setores em crescimento e precisam de mais energia”, disse Mark.

“Desde que me mudei para o Quênia, em 1993, me entusiasmam os progressos que vejo na África oriental em matéria de energia renováveis”, afirmou, e contou como foram construídas no ano passado seis turbinas eólicas nas colinas de Ngong, sul do país. A obra, próxima a Nairóbi, agregou 5,1 megawatts à rede elétrica e faz parte da primeira fazenda eólica do Quênia. Outro projeto similar está previsto no país, com capacidade de 310 megawatts, e seria a maior fazenda eólica do continente. O projeto, que inclui 300 turbinas de vento, custará US$ 408 milhões. O Banco de Desenvolvimento Africano financiará 70% e o restante caberá a investidores holandeses e quenianos.

O Quênia não é o único país da região a considerar as energias renováveis. “Uganda, Ruanda e Etiópia fazem o mesmo, e também a Tanzânia. Neste último, há uma fazenda eólica que produz 50 megawatts e um projeto para construir outra semelhante”, disse Mark. “De todas as regiões do mundo, a África é a que tem maior possibilidade de dar um grande salto para formas de energias mais limpas”, devido à abundância de sol, água e vento, disse Christopher Clarke, diretor da Inspired Evolution Investment Management.

“Atualmente, 70% da eletricidade é produzida a partir de carvão. Em 2025, a proporção poderá ser de 42%. Também estamos prevendo que, para o mesmo ano, a energia hidrelétrica e o gás serão responsáveis por 60% e 150% da eletricidade respectivamente”, acrescentou Christopher. A Tanzânia começou a desenvolver a capacidade de gerar eletricidade a partir do gás.

O gás natural não é considerado uma fonte renovável, mas o processo é muito mais limpo em comparação ao carvão ou aos combustíveis fósseis como óleo combustível e querosene. “A demanda atual de gás na Tanzânia para produzir eletricidade supera os 2,9 milhões de metros cúbicos diários”, disse Oswald Mutaitina, gerente de finanças e desenvolvimento empresarial da companhia Songas. “Produzimos 1,9 milhões de metros cúbicos de gás ao dia, mas queremos duplicar essa quantidade. Para isso precisamos ampliar e melhorar a infraestrutura”, disse Oswald, o que custará US$ 60 milhões.
A companhia, propriedade do Estado e de várias empresas privadas, extrai o gás da Ilha de Songo Songo, situada diante da cidade tanzaniana de Dar-Es-Salaam, que tem quase 34 bilhões de centímetros cúbicos de gás natural. Além de extrair e vender gás, a Songas também produz eletricidade. A empresa fornece 180 megawatts à rede elétrica da Tanzânia, segundo a própria empresa.

A demanda crescente por energia a partir do gás e não de fontes convencionais tem a ver com o custo. “O gás é mais barato em comparação com combustíveis líquidos, como óleo combustível e querosene. Além disso, o gás que usamos em nossa unidade é local e não temos de importar. Não dependemos das flutuações do mercado internacional”, disse Oswald à IPS. “Podemos baixar o custo da eletricidade para US$ 0,06 por quilowatt/hora”, acrescentou.

O serviço oferecido pela Independent Power Tanzania Ltd. ou Tsavo, no Quênia, é de US$ 0,11 e US$ 0,12 por quilowatt/hora, respectivamente. A ampliação da rede permitirá dar eletricidade a mais pessoas na Tanzânia, acrescentou Oswald. “Agora, apenas 10% do país tem eletricidade. A situação melhorará nos próximos anos”, previu. (Envolverde/IPS)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Novos combustíveis começam a fazer parte do dia a dia dos brasileiros

Diesel de cana-de-açúcar está entre as novidades em projeto no país.
Óleo da batata frita do McDonald’s vira combustível para caminhões.


Já familiarizados com o biodiesel e o etanol, agora os brasileiros começam a entrar em contato com novas matrizes energéticas "verdes" no dia a dia. Entre as mais recentes inovações neste campo que são colocadas em prática em projetos-piloto no país estão o diesel de cana-de-açúcar e o óleo de cozinha usado.

O McDonald’s no Brasil decidiu trocar a produção de sabão pela do biodiesel a partir dos 3 milhões de litros de óleo de cozinha utilizados na fritura de frango empanado e batatas. A ideia veio há quase três anos da parceira Martin-Brower, empresa multinacional que faz todo o trabalho logístico da rede de fast food. O projeto experimental, que abrange 20 lojas, rende entre 2 mil e 3 mil litros de biodiesel por mês.

O objetivo para o ano que vem é expandir a coleta do resíduo para todas as 584 lojas no Brasil, atendidas por uma frota de 170 veículos. De acordo com o diretor de contas nacionais e internacionais da Martin-Brower, José Augusto Rodrigues Santos, com a extensão para toda a rede o potencial de produção será de 2 milhões de litros de biodiesel por ano. Isso significa quase a metade da demanda por combustível da frota, de 5 milhões de litros de diesel por ano.

Santos explica que a ideia é, inclusive, construir uma usina de biodiesel na sede da empresa, o que reduziria os custos de transporte entre a Martin-Brower, em Osasco (SP), e a usina que transforma o óleo em combustível, localizada em Sumaré (SP), distantes cerca de 100 km. “A expectativa é de que o biodiesel esteja 3% a 15% abaixo do preço do diesel”, ressalta.

A maioria dos caminhões em circulação com o combustível é abastecida com B5 (mistura de 5% de biodiesel com o diesel), mas a empresa já faz testes com B20 (mistura de 20% do biodiesel ao diesel comum) em quatro caminhões e um com o B100 (100% de biodiesel). “Queremos ter autorização definitiva para usar a mistura acima do B5 de forma permanente. Neste caso, não seria só o motor, o equipamento de refrigeração também receberia o biodiesel”, explica o executivo.

Batatinhas fritas e crédito de carbono
O último passo do projeto é emitir certificados de redução de efeito estufa e vender no mercado como crédito de carbono. “O projeto implementado, da forma que imaginamos, reduz 26% das emissões de gases de efeito estufa”, avalia Santos, que acredita que o modelo possa ser adotado pelo McDonald’s em outros países.

A iniciativa é só uma entre diversos ciclos fehados existentes em empresas para a produção de biocombustível. Os grandes frigoríficos, por exemplo, utilizam o sebo bovino para a produção de biodiesel. O material é considerado um problema porque requer tratamento especial para descarte.

Apesar do apelo sustentável das iniciativas, o diretor para o segmento automotivo da Roland Berger Strategy Consultants, Stephan Keese, acredita que esse tipo de ação não ganhará força em escala de produção, restringindo-se apenas a operações localizadas, de acordo com o interesse de cada empresa.

Bactéria 'faz' segunda geração de biodiesel
Nas ruas de São Paulo, a população pode conferir de perto os ônibus abastecidos com o biodiesel derivado da cana-de-açúcar. Desde julho, com o apoio da Prefeitura de São Paulo e a parceria da Mercedes-Benz e Petrobras, a produtora americana do biocombustível Amyris Biotechnologies iniciou um projeto piloto no qual três ônibus do transporte urbano público serão abastecidos com 5% do biodiesel de cana-de-açúcar enquanto outros três serão abastecidos unicamente com o novo biocombustível.

A novidade desta tecnologia é que, além de ser um combustível puro e livre de enxofre – o grande problema do diesel -, ele não entra no debate do uso de grãos comestíveis como matéria-prima de combustíveis. “Há uma pressão enorme sobre a indústria por causa do biodiesel. Cerca de 80% do vendido no país é feito da soja”, explica o membro do comitê técnico de tecnologia a diesel da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil), Christian Wahnfired.

Por esse motivo, o diesel de cana-de-açúcar foi aprovado pelos organismos reguladores dos Estados Unidos, que o consideraram o biocombustível menos poluente e que não atenta contra a produção de alimentos. O engenheiro explica que o novo biodiesel é produzido com a ajuda de uma bactéria especial, que transforma o caldo de cana em óleo (veja infográfico acima). Segundo Wahnfired, apenas quem produz tal levedura pode fabricá-lo.

O maior desafio da nova tecnologia é a escala de produção, já que ainda é mais cara do que a do biodiesel feito a partir de sementes. Em Campinas, a empresa de biotecnologia produz de 5 mil a 6 mil litros por mês do biodiesel de cana para o projeto piloto. A escala industrial deve ser atingida entre 2011 e 2012. Para isso, a Amyris espera se unir a grandes produtores locais de etanol, como a Cosan, Bunge e Açúcar Guarani. “Demanda o Brasil tem. O país consome 45 bilhões de litros de diesel por ano”, ressalta Wahnfired.

Substitutos de grãos usados na alimentação
Mas a evolução continua. Nos próximos anos, os cultivos de pinhão-manso, palma, entre outras plantas que produzem óleos vegetais, já estarão em fase madura para o início da produção de novos biocombustíveis. Segundo Christian Wahnfired, o rendimento desses vegetais é muito maior que o de grãos utilizados na alimentação, como o milho e a soja. “A soja rende 500 kg de óleo por hectare. Já a palma rende cinco toneladas por hectare”, exemplifica.

Para o consultor de mercado Stephan Keese, os biocombustíveis continuarão um negócio rentável no país e ele não será afetado pela chegada dos veículos elétricos. “Não existe competição entre as tecnologias. As duas, juntas, garantem um balanço melhor”, afirma Keese. Segundo ele, o Brasil não irá se tornar um grande exportador de biodiesel devido à pressão política de Estados Unidos e Europa.

“Temos uma possibilidade de exportar para países próximos como Uruguai, Paraguai e Argentina”, diz. No entanto, na opinião do analista, o país continuará a ser o que melhor tira proveito desse tipo de tecnologia.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O céu do Sertão de Itacuruba se abre para o universo

A viagem é através do Centro de Observação de Cometas e Asteróides, que desenvolve pesquisas nacionais e internacionais

Da Redação do pe360graus.com


No Sertão do Estado, jovens estão aprendendo - dentro da sala de aula - a desvendar os mistérios do universo. A viagem é através do Centro de Observação de Cometas e Asteróides, que desenvolve pesquisas nacionais e internacionais.

São 481 quilômetros, partindo do Recife, até a cidade de céu deslumbrante, perto das águas do rio São Francisco, Itacuruba, que significa pedra furada.

Um local onde chove muito pouco. São 208 dias por ano de sol forte. No meio da Caatinga, os pesquisadores do Observatório Nacional encontraram o lugar ideal para instalar um telescópio capaz de captar imagens do universo.

Uma cúpula de fibra de vidro protege o equipamento, que funciona com bateria solar e controle remoto. Foi importado da Alemanha e custou R$ 1 milhão. Não poderia ser instalado em outro município do Nordeste.

“Aqui tem um maior número de noites possíveis, de noites abertas. Você também encontra um clima seco, com pouca chuva e, por isso, a região praticamente do semi-árido do Brasil foi recomendada. Para observar, você não pode está perto das cidades grandes ou cidade de médio porte porque a luminosidade pode atrapalhar”, explicou a pesquisadora do Observatório Nacional Teresinha Rodrigues.

O projeto Impacton é uma iniciativa de mapeamento e pesquisa de asteróides nas cercanias da terra do Observatório Nacional, um importante passo para aprimorar a trajetória dos objetos que se aproximam da terra. O telescópio científico deve começar a operar no mês que vem.

"A gente aponta o telescópio para o objeto que a gente quer. Ele vai obter uma imagem digitalizada, que depois será transferida para o Rio de Janeiro, onde serão estudadas e analisadas”, falou a coordenadora do projeto Impacton, Daniela Lázaro.

Por enquanto, não será aberto aos turistas. Na cidade de Itacuruba, onde vivem 5.000 pessoas, a notícia de um equipamento tão moderno pegou os moradores de surpresa. Nas escolas, 300 alunos estão sendo treinados para serem multiplicadores das ciências planetárias. “Alguns já estão dando respostas na rua, à pessoas, sobre as coisas que estão aprendendo aqui”, disse o professor de astronomia, Admilson Urbano.

A astronomia, a ciência que estuda os astros, tem despertado o interesse dos jovens de Itacuruba. Eles estão aprendendo o significado do sistema solar, das estrelas das galáxias. E sentem orgulho de viver na cidade que quer ganhar destaque por causa do clima favorável e privilegiado. “Eu acho que todo mundo tem curiosidade de saber algo mais, principalmente astronomia, que a gente não sabia bem o que era”, disse a estudante Mariana Leal.

ENSINO MÉDIO - Desinteresse dos alunos é motivo principal de notas baixas

O ensino médio, etapa com a maior taxa de evasão, sofre também com um tipo informal de abandono: o desinteresse. O aluno se matricula, cursa, mas não presta atenção nas aulas, não estuda, não faz lição. Essa pode ser uma das causas do crescimento de apenas 0,1 na nota de 3,6 dessa etapa escolar do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2009, divulgado na quinta-feira pelo MEC.

Um levantamento que mapeou formas alternativas de não participação na vida escolar mostra que "não querer comparecer" às aulas foi o segundo principal motivo de ausências entre os estudantes do ensino médio. Entre os alunos que disseram ter faltado algum dia nos últimos dois meses, 21,5% alegaram que simplesmente não quiseram ir. O desinteresse só perdeu para problemas de saúde, apontados por 41% como a razão das ausências

A pesquisa Mapeando as Formas Alternativas de Não Participação cruzou dados do Censo Escolar e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) que pudessem refletir o desinteresse, como as faltas e o fato de fazer ou não a lição de casa.

Os resultados, porém, apontam somente alguns indícios da falta de interesse. "Identificar todas as formas alternativas de não participação exige dados muito específicos. O ideal seria estudos em sala de aula, que são muito caros", afirma Elaine Toldo Pazello, pesquisadora do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e umas das responsáveis pelo levantamento.

A pesquisa revelou que menos da metade dos estudantes do ensino médio (41,5%) faz sempre a lição de casa. O número representa uma queda de 17% em relação aos alunos do fundamental. "Um fator surpreendente foi ver que o trabalho ou problemas de dinheiro e transporte não têm impacto significativo, ao contrário do que se esperava", diz Elaine.

No 2.º ano do ensino médio na rede estadual de São Paulo, Luís Henrique Leal, de 18 anos, diz que atualmente se empenha nos estudos, apesar de trabalhar como barman. "Repeti duas vezes e parei um ano", conta. "Antes, eu ia para a escola, mas não queria estudar. Agora estou com a cabeça melhor, tento evitar bagunça."Segundo Leal, há vários colegas que não se importam. "Tem muito aluno que só pega a lição dos outros, falta demais, só vai para fazer bagunça e sair com as meninas", afirma. Mas o estudante diz que também há desinteresse de professores.

Descompasso - Segundo pesquisadores da área de educação, o que mais repele os alunos é o conteúdo oferecido no ensino médio, que, na visão dos jovens, não tem relação com as necessidades e interesses da faixa etária. As disciplinas ensinadas são generalistas e, para os estudantes, parecem não ter impacto prático algum em suas vidas.

Fonte: Agência Estado

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Inscrições para o Enem vão de 21 de junho a 9 de julho

As inscrições para o Enem 2010 terão início no próximo dia 21 de junho com término previsto para 09 de julho. O presidente do Inep (Instituto nacional de estudos e pesquisas educacionais), Joaquim José Soares Neto, fez o anúncio na manhã desta quarta feira 09, juntamente com o calendário das provas que foram confirmadas para os dias 06 e 07 de novembro.


A Expectativa é que este ano, o número de inscrições para p novo Enem atinja a marca de 6 milhões de estudantes inscritos.

MATERIAL UTILIZADO NO AULÃO DA FASNE 05 E 06 DE JUNHO 2010

Geografia
Prof. Valdemir França
franca.valdemir@hotmail.com
www.easygeografia.blogspot.com


Competências e habilidades


Competências - são as modalidades estruturais da inteligência, ou melhor, ações e operações que utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer.

Habilidades - decorrem das competências adquiridas e referem-se ao plano imediato do "saber fazer".


Espaço urbano

Consiste na subdivisão do espaço social que constitui o espaço total.

- É comum associar o termo “urbano” a tudo aquilo que se considera próprio das cidades, mas é preciso considerar que este termo vai além da mera descrição física do espaço. Seu significado engloba a organização social, política e econômica de um grupo social chegando inclusive, a determinar até os hábitos cotidianos dos indivíduos.

A organização ocupacional é determinante na evolução dos diferentes espaços urbanos que podem ser:

Industriais: está no setor industrial, ou seja, há grande concentração de indústrias, independente do que é produzido. São exemplos de cidades industriais São Paulo, São José dos Campos e ABC paulista.

Portuários: próximos a portos e que sofrem influência dessa atividade. Exemplo: Santos.

Comerciais e prestadoras de serviços: têm como principal atividade o comércio varejista e a prestação de serviços. Exemplo: Uberlândia e Goiânia.


Nota: Os maiores espaços urbanos agregam normalmente, mais de uma atividade ocupacional e por isso, são considerados pontos de atração para processos migratórios.

Um dos grandes desafios dos grandes aglomerados urbanos de hoje consiste em encontrar soluções para a poluição, violência e a falta de espaço que juntamente com problemas estruturais provocam grandes catástrofes que a imprensa chama de “natural”, mas que na verdade são grandes catástrofes sociais.

Exercício

As migrações internas no Brasil são eventos significativos ao longo de nossa história. Dentre esses eventos,
Destacamos a constante migração do nordestino para a Região Sudeste do Brasil.

Dados do IBGE afirmam que 48.6% dos nordestinos que vivem no Sul e Sudeste exercem funções não qualificadas. A partir desta informação concluímos que:

a)O processo migratório foi desencadeado por ações do governo visando viabilizar a produção industrial no Sudeste;

b)Os governos estaduais do Sudeste priorizaram a qualificação da mão de obra migrante;

c)O processo de migração para o Sudeste contribui para o fenômeno conhecido como inchaço urbano;

d)As migrações para o Sudeste desencadearam na valorização do trabalho manual sobretudo, na década de 80;

e)A falta de especialização dos migrantes é positiva para os empregadores, pois significa maior versatilidade profissional.


Dica: O estatuto das cidades estabelece normas de ordem pública e de interesse social que regulam o crescimento urbano e o uso da propriedade.


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A partir do que você entendeu das charges responda:

A)Os regimes climáticos da terra são desprovidos de padrões que os caracterizem.

B) As intervenções humanas nas regiões polares são mais intensas que nas outras partes do globo.

C)O processo de aquecimento global será detido com a eliminação das queimadas.

D)A destruição das florestas tropicais é uma das causas do aumento da temperatura em locais distantes como os pólos.

e)os parâmetros climáticos modificados pelo homem afetam todo o planeta, mas os processos naturais têm alcance regional.


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Os paralelos e os meridianos são indicados por graus de circunferências. Um grau (1°) corresponde a uma das 360 parte iguais em que a circunferência pode ser dividida. Um grau por sua vez dividi-se em  60 minutos (60') e cada minuto pode ser divido em 60 segundos (60"). Assim um grau é igual a 59 minutos e 60 segundos.

Sabendo disso e com base nos mapas apresentados, responda qual a diferença de fuso horários entre Recife e a África do Sul.

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Agora você não se atrasa para os jogos da copa



Dúvidas pelo e-mail:

franca.valdemir@hotmail.com

quarta-feira, 3 de março de 2010

Terremoto no Chile pode alterar duração dos dias e eixo da Terra, diz Nasa

02/03 às 08h36 O Globo

RIO - O terremoto de 8,8 graus que deixou ao menos 723 mortos no Chile pode ter reduzido a duração dos dias na Terra, segundo a Nasa. O cientista Richard Gross analisou como a rotação do planeta pode ter mudado em consequência do forte tremor de sábado. Usando um modelo complexo, ele chegou a um cálculo preliminar de que o sismo deve ter reduzido a duração de cada dia em 1,26 microsegundo (um microsegundo é um milionésimo de segundo).

Segundo os cálculos da Nasa, a alteração provocada pelo terremoto em um dos eixos da Terra foi mais impressionante: oito centímetros. Essa alteração se refere ao eixo em torno do qual a massa terrestre se equilibra, e não o eixo Norte-Sul. Por comparação, Gross disse que o terremoto de 9,1 que atingiu a ilha indonésia de Sumatra em 2004 pode ter reduzido a duração dos dias na Terra em 6,8 microsegundos e alterado o eixo do planeta em sete centímetros.

De acordo com comunicado da agência espacial americana, embora o terremoto no Chile tenha sido um pouco mais fraco, seu impacto sobre o eixo da Terra pode ter sido maior por dois motivos. Em primeiro lugar pois, ao contrário do tremor em Sumatra, localizado perto da linha do Equador, o do Chile aconteceu a latitudes mais baixas. Em segundo, a falha responsável pelo sismo chileno se aprofunda na Terra em um ângulo diferente daquela que causou o terremoto indonésio. O pesquisador disse que estas previsões podem mudar diante das novas informações que surgirem sobre o tremor no Chile.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

SÍTIO ARQUEOLÓGICO ENCONTRADO NAS OBRAS DA TRANSPOSIÇÃO EM CUSTÓDIA-PE

Um sítio arqueológico com fragmentos cerâmicos e gravuras rupestres foi encontrado em um canteiro de obras da transposição das águas do rio São Francisco, em Custódia (que fica a 350 km de Recife).

Os vestígios, que podem ter 9.000 anos, foram achados em uma região de caatinga conhecida por Lage das Onças, no lote 10 da obra, a 40 km da cidade.

A descoberta surpreendeu especialistas também por sua conexão com outra região brasileira, esta na Paraíba, onde há pegadas de dinossauros. A área em Pernambuco abriga ainda ruínas de um engenho e até cartuchos de fuzil que podem ter ligação com o cangaço.

As gravuras, talhadas em pedra, não se assemelham à forma humana ou animal. Segundo os arqueólogos, os desenhos são de “grafismos puros”, que nada representam da vida real. A descoberta paralisou os trabalhos de terraplenagem numa área de aproximadamente 20 mil metros quadrados. Segundo o Ministério da Integração Nacional, após o recolhimento dos fragmentos, a passagem das máquinas pelo local será retomada.

O Ministério da Integração Nacional afirma que os sítios serão preservados.

Da Folha de Pernambuco