quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O espaço em transformação

O espaço geográfico corresponde ao espaço construído e alterado pelo homem, pode ser definido com sendo o palco das realizações humanas nas quais estão as relações entre os homens e desses com a natureza. O espaço geográfico abriga o homem e todos os elementos naturais, tais como relevo, clima, vegetação e tudo que nela está inserido.

O espaço geográfico em sua etapa inicial apresentava somente os aspectos físicos ou naturais presentes, como rios, mares, lagos, montanhas, animais, plantas e toda interação e interdependência entre eles. O surgimento do homem, desde o mais primitivo, que começou a interferir no meio a partir do corte de uma árvore para construção de um abrigo e para caça, impactou e transformou o espaço geográfico.

Nesse primeiro momento as transformações eram quase que insignificantes, uma vez que tudo que se retirava da natureza servia somente para sanar as necessidades básicas de sobrevivência, processo denominado de “meios de existência”. Toda modificação executada na natureza é proveniente do trabalho humano.

É através do trabalho que o homem é capaz de construir e desenvolver tudo aquilo que é indispensável à sua sobrevivência. O termo “trabalho” significa todo esforço físico e mental humano com finalidade de produzir algo útil a si mesmo ou a alguém.

O conjunto de atividades desempenhadas pelas sociedades continuamente promove a modificação do espaço geográfico. A partir da Primeira Revolução Industrial o homem enfatizou a retirada de recursos dispostos na natureza a fim de abastecer as indústrias de matéria-prima, que é um item primordial nessa atividade, ao passo que a população crescia era acompanhado pelo alto consumo de alimentos e bens de consumo.

Com o avanço tecnológico, o homem criou uma série de mecanismos para facilitar a manipulação dos elementos da natureza, máquinas e equipamentos facilitaram a vida do homem e dinamizaram o processo de exploração de recursos, como os minerais, além do desenvolvimento de toda produção agropecuária com a inserção de tecnologias, como tratores, plantadeiras, colheitadeiras e muitos outros.

Na produção agropecuária se faz necessário transformar o meio, pois retira toda cobertura vegetal original que é substituída por pastagens e lavouras, essas derivam outros impactos como erosão, poluição e contaminação do solo e dos mananciais.
Na extração mineral o espaço geográfico é bastante atingido, sofrendo profundos impactos mudando de forma drástica todo arranjo espacial do lugar que está sendo explorado.

Nos centros urbanos as alterações são percebidas nas construções presentes, essas transformações ocorrem em loteamentos que em um período era somente uma área desabitada e passou a abrigar construções residenciais, além de áreas destinadas ao comércio e indústria. Desse modo, nas cidades de todo mundo sempre ocorrem modificações no espaço, são identificadas nas novas construções, nas reformas de residências, lojas e todas as formas de edificações.

Diante dessas considerações constata-se que o espaço geográfico não é estático, pois até mesmo a deteriorização de um edifício ou monumento é considerado uma alteração do espaço e automaticamente da paisagem, por isso as mudanças são contínuas e dinâmicas. O espaço geográfico é produto do trabalho humano sobre a natureza e todas as relações sociais ao longo da história.

As constantes intervenções humanas no espaço causam uma infinidade de degradação que recentemente tem se voltado contra o homem, desse modo, a natureza está devolvendo tudo aquilo que as ações antrópicas causaram, são vários os exemplos decorrentes das profundas alterações ocorridas principalmente no último século no planeta, como o aquecimento global, efeito estufa e escassez de água.

As décadas de exploração ocasionaram a extinção, somente no século XX pelo menos 15% das espécies da fauna e da flora foram extintas.

A partir das afirmativas, fica evidente que o homem necessita da natureza para obter seu sustento, no entanto, o que tem sido promovido é uma exploração irracional dos recursos que, se continuar nesse ritmo, provavelmente as próximas gerações enfrentarão sérios problemas, além de comprometer a vida de todos os seres vivos na Terra, inclusive o homem, caso o problema não seja solucionado.

Ocupação do território brasileiro

A Regionalização mundial

Na ciência geográfica o conceito de região está ligado à idéia de diferenciação de áreas. As regiões podem ser estabelecidas de acordo com critérios naturais, abordando as diferenças de vegetação, clima, relevo, hidrografia, fauna e etc., e sociocultural que corresponde à avaliação das condições sociais e culturais que insere neste contexto o índice de desenvolvimento humano para explicitar como vivem as pessoas em determinado lugar.

Para uma melhor análise dos dados e das diferenças existentes no mundo, e para não generalizar as informações, faz-se necessário a regionalização de áreas de abordagens, oferecendo várias vantagens aos estudos geográficos.

A partir das considerações, em 1960, o mundo foi regionalizado e/ou classificado em Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo.
A expressão Terceiro Mundo foi utilizada pela primeira vez pelo economista Francê Alfred Sauvy, em 1952, ele construiu essa expressão observando as desigualdades econômicas, sociais e políticas, verificou que os países industrializados eram desenvolvidos, sua população vivia melhor, enquanto os outros países enfrentam muitos problemas de ordem econômica, sua população vivia em condição não muito satisfatória.

Além de receber essas denominações o mundo foi regionalizado e/ou classificado em países ricos e pobres ou centrais e periféricos; os ricos (centrais) são países que estão no centro das decisões mundiais, são desenvolvidos, industrializados, avançados tecnologicamente, com economia estável, os países pobres (periféricos) são países subdesenvolvidos, pouco industrializados, com produção primária, dependente economicamente e de economia instável com grande incidência de crises.

E por último o mundo pode ser regionalizado ou denominado de desenvolvidos e subdesenvolvidos. Desenvolvidos são aqueles países que além de ter um grande crescimento econômico e industrial, oferece para seu cidadão uma boa qualidade de vida, como saúde, preocupação com os idosos, acesso ao conhecimento, a cultura, segurança, boa renda pra maioria da população etc., em contrapartida, os países subdesenvolvidos possuem características inversas, como não oferece boa condição de vida à sua população, economia dependente, grande concentração de renda, educação deficiente assim como a saúde.

Em suma, pode-se constatar que não basta mudar as denominações, pois as diferenças são sempre as mesmas, a classificação não transforma suas características somente pela mudança de nomes: desenvolvidos, ricos, centrais, subdesenvolvidos, pobres e periféricos, pois as suas particularidades permanecem.

Europa

Apesar de ser considerado um continente, a Europa não corresponde a essa definição, pois sua configuração é de uma península. A Europa está localizada em uma imensa península situada a oeste da Eurásia (corresponde a Europa e Ásia), essa possui a maior extensão de terras emersas do mundo. Dessa forma, fica evidente que a separação entre Europa e Ásia é simplesmente uma divisão ideológica, uma vez que não há barreiras físicas consideráveis para diferenciá-las, como ocorre, por exemplo, nas Américas e na Oceania.


A Europa se encontra localizada totalmente no hemisfério norte, automaticamente é influenciada pelo clima temperado, o meridiano de Greenwich se estabelece quase em sua totalidade no oriente. As principais fronteiras do continente europeu em relação aos aspectos físicos são: ao norte Oceano Glacial Ártico, ao sul os mares Mediterrâneo e Negro, a Oeste Oceano Atlântico, a Leste Montes Urais, Rio Ural e o Mar Cáspio, esse último é utilizado para definir a fronteira entre Europa e Ásia.


O território europeu possui uma área de 10,3 milhões de quilômetros quadrados, que representa somente 19% da Eurásia. A Europa possui 48 países autônomos, na maioria pequenos territórios e os micropaíses, além da Rússia que responde por 40% da área total.


Apesar da maioria dos países europeus possuir territórios restritos quanto ao tamanho, esse fator não impediu que muitos desses integrasse o grupo de importantes países no cenário mundial, alguns deles potências econômicas (Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Rússia que fazem parte do G-8).


O Litoral Europeu


A costa européia é extensa e sofre influência das águas do Oceano Glacial Ártico e Atlântico, além de mares menores como o Cáspio e o Negro. A Europa é uma península e o seu litoral é composto por várias delas e inúmeras ilhas, dentre elas as principais são: ao norte, A península da Jutlãntica, península Escandinava; a oeste, ilhas Britânicas, ilha da Irlanda e ao sul a Península Ibérica, Itálica e Balcânica, além das ilhas de Creta, Sílicia, Sardenha, Córsega e Baleares.


Outra característica marcante do litoral europeu é a quantidade de estreitos que se apresentam nessa porção do continente, os principais são: Gilbraltar, Bósforos e Dardanelos.


Relevo da Europa É composto basicamente por planícies e maciços antigos, o primeiro ocorre na Europa central e o segundo no interior do continente. Os principais maciços antigos são os Pireneus (entre Espanha e França), Alpes (entre França, Itália, Alemanha, Suíça e Áustria, Apeninos ocorre do sul ao norte da Itália), os Cárpatos (Eslováquia, Polônia, Ucrânia e Romênia) e o Cáucaso (entre Rússia, Geórgia, Armênia e Azerbaijão).


Hidrografia do continente Europeu
A Europa está localizada no hemisfério norte, então há ocorrência de clima temperado, devido a essas características físicas a rede hidrográfica desse continente é formada por rios de pequena extensão e baixo volume de água em relação aos rios de áreas equatoriais. No entanto, esses rios foram e ainda continua sendo um importante recurso para o desenvolvimento da economia e fluxo de pessoas (uma vez que a maioria deles é navegável), diante dessa temática os rios de destaque no continente são o Reno (nasce nos Alpes Suíços), Sena (nasce nos planaltos franceses), Ródano (nasce nos Alpes Suíços), Volga (nasce a noroeste de Moscou) e o Danúbio (nasce nos Alpes alemães).


Clima da Europa Devido a localização geográfica do continente os climas que predominam são:


Clima de Montanha: apresenta-se em áreas montanhosas como os Alpes e os Pireneus, é caracterizado por invernos rigorosos com precipitação de neves e geadas e chuvas bem distribuídas durante o ano.


Temperado oceânico: há ocorrência de chuvas constantes com maior incidência no inverno e primavera com temperaturas amena.


Temperado continental: chuvas em menor quantidade em relação ao clima Temperado oceânico e amplitudes térmicas mais altas.


Subpolar ou ártico: é caracterizado por apresentar duas estações, inverno e verão, na primeira as temperaturas são extremamente baixas atingindo até – 50ºC e na segunda, que prevalece por um pequeno período, as temperaturas variam entre 16º e 21ºC.


Mediterrâneo: é formado por verões quentes (seco) e inverno (chuvoso) mais ameno, essa característica climática ocorre no sul da Europa.


Vegetação da Europa Ao longo de toda extensão territorial do continente Europeu é possível identificar diversos tipos de cobertura vegetal, desse modo podemos destacar as principais:


Tundra: ocorre em áreas de clima ártico ou subpolar.


Floresta boreal ou coníferas: se apresentam nas regiões ao sul do continente.


Floresta temperada: é encontrada ao sul da floresta boreal.


Estepes: ao sul da floresta temperada.


Vegetação mediterrânea: ocorre em toda extensão sul da Europa.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Aguardem novidades...

De volta ao trabalho

Prezados alunos (as),

É com grande alegria que recomeçamos nossas atividades em preparação para o ano letivo 2011. Neste novo ano nos esforçaremos para ajudar, com que for necessário, a todos nossos alunos e visitantes a entenderem de forma agradável e dinâmica os principais conceitos geográficos bem como, a testar a aplicabilidade dos mesmos no cotidiano.

Tenho certeza que juntos faremos importantes progressos na direção do conhecimento pleno da geografia e das suas ramificações na vida de todos nós.

Estejam certos que podem contar comigo,

Prof. Valdemir França